Os Políticos

Elias de Moura


Filho de Franklin de Moura Campos e de Dona Amália de Almeida Campos é tieteense e nascido a 1º de novembro de 1876.

Casou-se em Tietê a 22 de julho de 1902, com dona Alcídia Alves Correa de Toledo, filha do Cel. Joaquim Alves Correa de Toledo e de dona Vitalina Leopoldina de Toledo.

São seus filhos o Dr. Franklim Alves de Moura, conceituado médico desta cidade, profa. Virginia Alves de Moura, Sr. Joaquim Alves de Moura e os professores Fausto Alves de Moura e Vitalina Alves de Moura.

Eleito vereador à 9ª legislatura (1917-1919) o Sr. Elias de Moura foi eleito Prefeito Municipal no dia da posse – 15 de janeiro de 1917 – exercendo este cargo até 10 de novembro de 1919.

Em novembro de 1919, foi nomeado Coletor Federal de Tietê onde permaneceu até dezembro de 1930. Nessa ocasião removeu-se para igual cargo, em Bernardino de Campos.

Por várias vezes exerceu em Tietê, o cargo de suplente de Delegado de Policia. Fez parte da diretoria da Santa Casa nos biênios: 1910 – 1911, 1912 – 1913, 1914 – 1915 e 1916 – 1917.

O Sr. Elias de Moura – Tieteense ilustre – legou a esta terra um nome honrado e virtuoso.    
                                                                            
  (Jeni Tozi)


Olegário de Camargo



Olegário Alberto Camargo nasceu em Tietê aos 07 de setembro de 1881 onde faleceu aos 12 de março de 1955, com 74 anos de idade. Foi casado com Dona Francisca de Arruda Camargo. Deixou dois filhos – Sr. Jose Lauro de Arruda Camargo e Dona Olga Camargo.

Militou o Sr. Olegário Camargo na política local, sempre integrado nas fileiras do Partido Republicano, de cujo diretório era o Presidente.

Exerceu o cargo de Prefeito Municipal desta cidade na Interventoria Fernando Costa, de quem foi intimo amigo. Sua gestão foi uma das mais proveitosas para o município, que lhe deve, alem dos outro empreendimento, seu serviço de água e esgotos.

Foi ainda no seu governo que se verificou a criação e instalação do curso Colegial no então Colégio Estadual e Escola Normal “Plínio Rodrigues de Morais”. A este estabelecido de ensino fez doação de um terreno onde foi construído um dos seus pavilhões.

Amicíssimo do Dr. Gabriel Monteiro da Silva antigo diretor do Departamento das Municipalidades e do Interventor Fernando Costa visitava quinzenalmente todos os secretários do Estado, em busca de melhoramentos para nossa terra.

Infelizmente, a mudança do panorama político em 1945 com os preparativos para o retorno do país à constitucionalidade política e velha amizade fez com que abandonasse a Prefeitura. Por essa razão, sua terra estremecida ficou privada de melhoramentos valiosos que planejara para ela. A Avenida Fernando Costa, por exemplo, que ligaria as estradas de Laranjal Paulista e Piracicaba ficou nos primeiros passos de construção.

Uma nova Estação Sorocabana, prédio para a Delegacia de Policia, Aeroporto em grande estilo, Horto Florestal, Parque Infantil, tudo isso teria sido executado não fora as contingências de ordem política.

Sua morte abriu profunda lesão no patrimônio social e moral de Tietê, terra que lhe serviu de berço e a quem dedicou o melhor de sua vida.

(Célia Antonia Pissinato) 




Plínio Rodrigues de Moraes


Era filho de Luiz Rodrigues de Moraes e de dona Teodora Augusta de Moraes, descendente de duas famílias de grandes tradições. Nasceu em Tietê, no dia 30 de abril de 1896. Aqui iniciou o curso primário e concluiu-o no grupo Escolar “Prudente de Moraes” de Piracicaba, para onde seus pais haviam se mudado.

Inteligência precoce fez o curso da Escola Complementar de Piracicaba, onde se formou professor, com 15 anos. Em 1911, e depois na Escola de Farmácia de São Paulo, onde se diplomou Farmacêutico, por volta de 1918, ganhando o prêmio “Braulio Gomes”, pela sua assiduidade aos estudos e ainda como primeiro aluno.

Foi exercer suas atividades como Farmacêutico-Químico na antiga fábrica de cimento da estação de Rodovalho. Após um curto período de trabalho, deixou-o e mudou-se para Tietê, em 1919, onde abriu casa comercial, situada na Rua do Comércio. Em dezembro de 1920, consorciou-se com dona Coralie Teixeira Pinto, filha de Pedro Teixeira Pinto e de dona Maria Etelvina Teixeira.

Muito inteligente e orador nato, tornou-se em pouco tempo personagem de destaque na sociedade tieteense e de bastante influência no mundo político, o que o levou a ingressar no Partido Republicano Paulista, de cujo diretório era figura preeminente, como membro, desde julho de 1927 até sua dissolução em 1930.

Dada a sua grande amizade o Dr. Julio Prestes de Albuquerque, que então governava o estado de São Paulo (1928) e a preferência que o grande brasileiro de Itapetininga consagrava a outros chefes locais, Luiz Benedicto Antunes Cardia e Caio Graccho de Souza Campos, conseguiu Plínio Rodrigues de Moraes, do governo do estado, quando se fez a reforma do ensino, que permitia a criação de escolas normais particulares, a criação da Escola Normal Livre de Tietê, por parte da Prefeitura Municipal. Foi a mola propulsora do desenvolvimento da cidade, que até então vivia num marasmo profundo.

Sobrevindo a Revolução de outubro de 1930, abandonou a política e se dedicou inteiramente à indústria, como dirigente da Sociedade Anônima Fabril “Santa Luzia”, hoje desaparecida.

Estourando o movimento de 23 de maio e poucos dias depois a revolução de “09 de julho”, foi um dos organizadores e tomou parte como membro da Comissão do MMDC, entidade revolucionária formada por elementos do antigo PRP e Partido Democrático.

Organizou o Batalhão Tietê, que foi incorporado na 2ª Companhia do 6º Batalhão dos Caçadores da Reserva e fez a Campanha do Sul. Plínio Rodrigues de Moraes foi incorporado como 2º Tenente Intendente do Batalhão, em Quitaúna.

Esteve na linha de frente toda a campanha. Só retornou a Tietê com o término das hostilidades, em 30 de setembro de 1932. Em 1933, na primeira eleição para a constitucionalização do país, foi eleito suplente de deputado federal pela sua legenda partidária – Partido Republicano, estendendo seu prestígio por toda a zona sorocabana.

Com a promulgação da Constituição de 16 de julho de 1934, com a volta do país à legalidade, foi eleito vereador e empossado em 14 de junho de 1936, exercendo o mandato até 10 de novembro de 1937, quando o ditador Getúlio Vargas promulgou a Constituição do Estado Novo, que dissolveu as Câmaras Municipais.

Com a nomeação do Dr. Ademar Pereira de Barros para a Interventoria do estado, a escolha e nomeação do senhor Cantídio Camargo para Prefeito de Tietê, voltaram os elementos antigo Partido Republicano Paulista a colaborar com o governo do Estado.

Licenciando-se da Prefeitura o Sr. Cantídio Camargo, foi empossado como Prefeito de Tietê o Sr. Plínio Rodrigues de Moraes que exerceu o executivo municipal de 21 de novembro de 1938 até 23 de junho de 1939, quando deixou o cargo, por ter sido escolhido membro do conselho Administrativo do Estado, que exerceu até o seu falecimento prematuro, em São Paulo, no dia 14 de julho de 1941.

Nessa alta corte legislativa deu luminosos pareceres que se equilibravam com os mais abalizados mestres de Direito, embora não fosse advogado. Entre os pareceres de sua lavra conta-se o que dispunha sobre as primeiras providências legais para a eletrificação da Estrada de Ferro Sorocabana, empreendimento de grande vulto do Estado de São Paulo.

Plínio Rodrigues de Moraes foi um grande tieteense que adorava a sua terra natal, de que tanto se orgulhava e engrandeceu-a, quer como homem público, quer como brilhante intelectual que era. Orador consumado arrebatava seus ouvintes. Possuidor de uma voz forte, dicção perfeita, gestos largos e exatos, encantava aqueles que tiveram a ventura de ouvi-lo.

Foi presidente do Tiro de Guerra 601, membro da diretoria da Associação Esportiva de Tietê e colaborador eficiente em todas as campanhas em prol de Tietê. Faleceu em São Paulo, no dia 14 de julho de 1941, todavia foi sepultado no Cemitério Local.

Por decreto nº 12.531 de 27 de janeiro de 1942, do governo estadual, o seu nome foi escolhido como Patrono da Escola Normal Estadual, transformada em março de 1959 no Instituto de Educação “Plínio Rodrigues de Moraes”.        




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