Os Escritores



Fuzilo


Benedito Pedro Silvestrin, filho de Pedro Silvestrin e Maria Ana Bertanha Silvestrin, nasceu no dia 29 de maio de 1952, no Bairro de Fátima, onde fez o curso primário e a catequese.

Aos treze anos mudou-se com a família para a cidade, passando por vários empregos, que foram desde servente de pedreiro, comerciário e funcionário bancário.

Desde menino sentia-se atraído pelas artes de escrever, compor e à curiosidade em fazer filmes.

O que mais enriqueceu seu conhecimento sobre o caboclo autêntico foi sua profissão de vendedor de máquinas agrícolas, onde percorria diariamente os municípios de Tietê, Laranjal, Botucatu, Pereiras, Conchas e Anhembi.

Foi sempre apaixonado por aviação, cinematografia, teatro, música e poesia.

Em 1985 iniciou sua carreira literária, publicando a partir de então, três livros de poesia: “Aurora Poética”, “À Luz do Verso” e “Tempos Idos”.

Publicou artigos, poesias, causos caboclos nos jornais locais, da região e na revista “Região Hoje”.

Divulgador de Cornélio Pires esteve em 1888 e 1889 na TV cultura, no programa “Viola minha Viola” e, em 1991, no programa “Brasil Rural”, na TV Bandeirantes.

Recebeu medalhas e troféus de honra ao mérito nas participações em Mapas Culturais, composições do Hino Oficial da cidade de Cerquilho, Hino da Guarda Municipal de Tietê e do Clube de Cavaleiros “Aurélio Persone”.

Pertenceu À Academia Piracicabana de Letras e à Cultural e Artística de Tietê.

Foi locutor sertanejo na Rádio Nova Regional FM, de Tietê.

Faleceu no dia 04 de setembro de 2007.  




Joffre Martins Veiga


Nascido em Recife a 02 de março de 1919, Jofre Martins Veiga fez o curso primário em sua terra natal, transferindo-se depois para o Rio de Janeiro, onde estudou do Colégio Pedro II e se bacharelou em Direito no Distrito Federal.

Começou sua vida jornalística nos Diários Associados, foi redator de “A Noite” e “A Nota”, do Rio de Janeiro, e colabora, atualmente, no “Correio da Manhã” e nas revistas “Leitura”, “Vida Doméstica”, “A Cigarra” e “Singra”.

Radicado há vários anos na encantadora cidade de Tietê, onde foi professor de História Geral e de Filosofia no Instituto de Educação Plínio Rodrigues de Moraes, Jofre, apesar dos seus múltiplos afazeres, vem encontrando oportunidades para trabalhos literários de maior fôlego, como o que acaba de lhe dar a láurea da Academia de Letras.

Jofre era nortista. Apareceu em Tietê como que só para conhecer Cornélio Pires. Tornou-se seu amigo intimo. Escreveu e publicou uma Antologia de Cornélio Pires e posteriormente a Vida pitoresca de Cornélio Pires. Logo depois morreu. E foi juntar-se a seu amigo e biografado, no mesmo chão tieteense. Como vêem os leitores, a semana de Cornélio Pires serve para exaltar, ao mesmo tempo, a memória dos dois escritores, nascidos tão longe um do outro, mas unidos tão perto pelo coração e pelo destino. Cornélio e Jofre constituem hoje uma lenda tieteense.

(Benedicto Pires de Almeida)



Narbal Fontes


Narbal de Marsillac Fontes é natural de Tietê, onde nasceu a 10 de fevereiro de 1899, na Rua de São Benedito. Filho do Dr. Joaquim Martins Fontes da Silva e de D. Emília de Marsillac Fontes.

Em sua cidade natal, fez os estudos preliminares no Grupo Escolar Luiz Antunes.

Diplomado em 1918 pela Escola Normal Secundária de São Paulo e em 1930 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Exerceu o magistério público em escola isolada de Alambari e Bananal, e em escola noturna de adultos de Bariri, tendo também lecionado na Penitenciária de São Paulo.

Abriu consultório médico, por algum tempo, em Pontal. Depois, indo para o Rio de Janeiro, passou de parceria com sua esposa, Dona Ofélia de Barros Fontes, a dedicar-se exclusivamente à literatura didática, escrevendo livros, peças teatrais, poemas e novelas para crianças.

Não publicou livro de poesia, mas os seus versos figuram em várias antologias escolares.

Tendo escrito seus livros em parceria com sua esposa D. Ofélia, os nomes de seus trabalhos figuram relacionados na biografia de D. Ofélia Fontes.

Faleceu no dia 29 de abril de 1960, no Rio de Janeiro, aos 58 anos de idade.  


Luis Correia de Mello


Luís Correia de Mello nasceu no município de Tietê, a seis de dezembro de 1888.

É filho de Avelino Correa de Moraes, “Nhô Avelino”, falecido a seis de junho de 1915, e de Dona Brasília de Almeida Mello.

Em sua Terra Natal, freqüentou, depois dos primeiros estudos, o colégio particular do Dr. Theodoro Antunes Maciel. Em São Paulo foi aluno de português do professor Álvaro Guerra. Entrou em 1908 para a revisão de “O Estado de S. Paulo”, que deixou para secretariar o “Jornal de Piracicaba”.

Em 1909, seguiu para o Rio de Janeiro, ingressando como redator, na “Imprensa”, de Alcindo Guanabara. Nesse mesmo ano, viajou para a Europa, fixando residência no Porto (Portugal), onde trabalhou no “Comércio do Porto”.

De regresso ao Brasil, retornou à atividade jornalística. Fez parte da redação de “A Notícia”, de “O Estado de S. Paulo”, de “A Nação”, do “São Paulo Ilustrado”, de “A Gazeta”, que secretariou em substituição a Moacyr Piza. Subsecretariou “O Combate”, de Acylino Rangel Pestana.

Esteve várias vezes na Argentina e no Uruguai, tendo percorrido extensa parte do território brasileiro.

Em 1947, recusou o convite para ocupar o cargo de diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal.

Foi redator-secretário da “Folha da Noite”, do “Correio Paulistano” e do “Jornal da Manhã”. Dirigiu a revista “A Cigarra”, de Gelásio Pimenta.

Colaborou em jornais e revistas do país, tendo sido correspondente da “Cena Ilustrata”, de Florença.

Em sua mocidade dirigiu o semanário “O Tietê”. Fez parte do quadro do funcionalismo da Secretaria de Segurança Pública desde 1935. Fundou vários periódicos, entre os quais “Cine revista”, “O Relâmpago”, “O Idealista”, etc. Escreveu para a edição dominical do “Correio da Manhã”, tendo feito bibliografia literária, nos últimos tempos, para a revista carioca “Leitura”. Foi com Amadeu Amaral, Leo Vaz, Breno Ferraz, Júlio de Mesquita Filho etc. fundador do primeiro Instituto de Estudos Paulistas. Foi também membro honorário do Instituto de Cultura Americana da La Plata (Argentina), membro da Sociedade Paulista de Escritores, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Genealógico Brasileiro, da Associação Paulista de Imprensa, da Sociedade Científica de São Paulo, da Associação de Intercâmbio Cultural de Guaratinga, Mato Grosso.

Faleceu em São Paulo, no dia 06 de fevereiro de 1969, e seus restos mortais foram transladados para Tietê, onde estão sepultados no Cemitério Municipal.   


Mário Ferreira dos Santos


Mário Ferreira dos Santos nasceu em 03 de janeiro de 1907, na cidade de Tietê.

Seu pai, Francisco Dias Ferreira dos Santos, era dono de uma companhia teatral itinerante. Estabelecido em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Seu pai dedicou-se ao estudo do então nascente cinema e tornou-se um dos pioneiros dessa arte no Brasil.

Apesar do anticlericalismo de seu pai, Mário foi matriculado em um colégio jesuíta. Em 1925 ingressou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se formou em 1930.

Em 1929 casou com Yolanda Duro Lhullier, com quem teve duas filhas, Yolanda e Nadiejda. No início dos anos 40 foi contratado como tradutor pela Livraria do Globo, em Porto Alegre.

A filosofia de Mário Ferreira é constantemente elogiada por sua forma e rigor de análise. Assim como a maior parte dos grandes filósofos, parte de pressupostos aparentemente simples para chegar na resolução dos problemas de ordem maior.

Desde que passou a viver para a filosofia, no final da década de 40, ele lecionava para alunos particulares e pequenos grupos.

Seu biografo, Luís Mauro Sá Martino, conta que: '"Havia um problema: praticamente não existiam livros sobre os assuntos aos quais ele se referia. Filosofia era um produto importado e caro. As obras filosóficas principais não estavam traduzidas e os textos em circulação, em sua maioria, eram precários."'

Nessa época, início dos anos 50, Mário Ferreira arquitetou em sua mente uma obra de larga escala, a Enciclopédia das Ciências Filosóficas, na qual simplesmente trataria da base filosófica de todas as áreas do conhecimento.

Ao contrário de outros filósofos, preocupados apenas com a formulação dos pensamentos, Mário Ferreira pretendia ser lido e compreendido por todos. A Enciclopédia tinha uma clara intenção social. O objetivo era levar conhecimento ao povo e estimular a mentalidade filosófica da população.

Como não havia sequer livros suficientes com os conceitos principais da filosofia, foi preciso começar do zero, construir as bases de um pensamento filosófico e, em seguida, expor sua filosofia original.

Mudou-se para São Paulo em 1945, continuando seu trabalho como tradutor na Editora Flama. A partir de 1947 dedica-se unicamente à filosofia, a qual o manteria ocupado, e muito, por mais de vinte anos.

Morreu em 11 de abril de 1968.



BENEDICTO PIRES DE ALMEIDA (Zico Pires)

Filho de Osório Pires de Almeida e Ana Cândida de Campos nasceu em 21 de março de 1903, na cidade de Tietê e faleceu em 1997.

Casou-se a 02 de julho de 1925, em Tietê, com Danuzia de Sanctis, tendo cinco filhos.

Cursou os primeiros anos de escola no Grupo Escolar Luiz Antunes, de 1910 a 1914 e embora quisesse continuar os estudos, isso não aconteceu. Tornou-se, entretanto, um ávido leitor, lia tudo o que lhe chegava às mãos e transformou-se num autodidata. Formou uma imensa e variada biblioteca particular, que atingiu as dimensões de cerca de 7 mil volumes, 300 coleções de jornais e 3.500 fotografias de interesse histórico.

Terminado o curso primário, em 1915 foi trabalhar no comércio e em 1917 passa a trabalhar na Prefeitura Municipal. Foram 33 anos e 11 meses como funcionário público, ocupando praticamente todos os cargos existentes. Além das atividades políticas, exerceu o jornalismo.

Publicou: A Revolução de 1932 – Contribuição Tieteense – 1970; Marcelo Tupinambá – Obra Musical de Fernando Lobo – 1993; e Cronologia Tieteense – de 1783 a 1978 – obra de grande destaque, com 2 volumes e 1424 páginas, 1980. Deixou inéditos: Governos Municipais de Tietê; Pirapora do Curuçá de nossa guerra e nossa gente; Índice da legislação municipal; Os Pires Guerreiro – Árvore de Costado; Recordações do Tietê antigo; e Perfil de Cornélio Pires. 

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Cornélio Pires


Nascido em 1884, é considerado o pai do folclore paulista, notável observador da linguagem, dos costumes, da paisagem humana e física do mato. Descendente de Bandeirantes, filho de Raimundo Pires de Campos e de Ana Joaquina de Campos Pinto, e foi educado com o professor dinamarquês, Alexandre Hummel.
Muito cedo, com 15 anos, deixou a tranqüilidade do lar e partiu para ganhar a vida, primeiro como biscateiro e aprendiz de tipógrafo, depois como jornalista, poeta, contista e folclorista.
Desprovido de preparação intelectual, pois nunca se dedicara aos estudos embora dispusesse de condições financeiras para tal, mudou-se para a capital, onde no meio jornalístico buscou aceitação de sua roda social dividindo entre cultivar as suas raízes caipiras ou bancar o intelectual que jamais seria.
Publicou seus primeiros escritos em 1910 e, ao longo da vida publicou 22 livros e, além disso, criou uma companhia de teatro e realizou quatro filmes sobre o dia-a-dia da gente caipira, que tão bem entendia.
Através do selo Columbia, conseguiu realizar o seu grande sonho: gravar em disco as diversas manifestações culturais e artísticas do povo. Foi o primeiro artista a gravar de forma independente no país.
 Faleceu no Hospital das Clínicas de São Paulo, vítima de câncer na laringe e seus restos mortais foram trasladados no mesmo dia para sua cidade natal e sepultados no cemitério local. Solteiro convicto e em plena lucidez, morreu aos 74 anos incompletos, em 1958, e foi enterrado de pijamas e descalço, conforme sua vontade.

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Coronel Francisco Correa de Almeida Moraes


Nasceu em Tietê a 30 de agosto de 1837, sendo filho do Ten. Joaquim de Almeida Leite (um dos fundadores de Tietê) e de Dona Isabel Rodrigues da Silva.

Estudou primeiras letras com o professor régio Eleuthério José Moreira, depois do que se transferiu para Porto Feliz, em 1848, a fim de estudar Latim e Francês.

Em 1853 foi para São Paulo a fim de concluir seus estudos de preparatórios e matriculou-se no Curso Anexo da Academia de Direito.

Mudou-se para Tietê em 1854, após o falecimento de seu pai, e se estabeleceu com negócios de fazendas.

Casou-se em Tietê, a 26 de janeiro de 1858, com D. Leopoldina Augusta de Moraes.

Foi, entre outros cargos, vereador, juiz e delegado de polícia. 

Entre os homens do velho Tietê, do século XIX, de projeção na política, no comércio e nas letras, encontra-se a figura veneranda do Cel. Francisco Correa de Almeida Moraes, que foi vereador, professor, comerciante, em Tietê, presidente da Câmara Municipal de Santos e que cultivava as letras históricas.

A primeira memória sobre o município de Tietê, escrita em 1883, era de sua lavra e foi publicada em um Almanaque Literário, daqueles que se editavam anualmente, na capital da província, portanto, deve ser considerado o primeiro cronista de Tietê.

Faleceu em São Vicente a 13 de dezembro de 1913.







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