Dr. Ruy Silveira Melo
O Dr. Ruy Silveira Melo,
era natural de Piracicaba, onde nasceu a 26 de abril de 1919, filho de
Estanislau Silveira Melo e de dona Antonia da Costa Silveira Melo.
Aprendeu primeiras
letras em sua terra natal e, algum tempo depois, mudou-se para Tietê, onde
ingressou no curso ginasial da Escola Normal, bacharelando-se em 20 de dezembro
de 1939.
Completando os
preparatórios, a 25 de fevereiro de 1945, matriculou-se após o exame de praxe,
e ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná, em Curitiba,
onde após um brilhante curso colou grau de doutor em medicina em 17 de dezembro
de 1947.
Formado, foi nomeado
médico do Posto de Saúde em Tietê.
Casou-se com dona Lucy
Ferreira Braga, filha do Dr. Nerval Ferreira Braga e de dona Alexandrina
Rodrigues Ferreira Braga, no dia 16 de dezembro de 1948.
Os diversos partidos de
Tietê, numa idéia de acabar com os desentendimentos políticos na cidade, foram
buscá-lo para candidato único. O seu nome sufragado em 13 de outubro de 1963,
para Prefeito de Tietê, recebeu completo apoio popular.
Sob grande expectativa
foi empossado no dia 1º de janeiro de 1964.
Mal completava dois anos
de administração foi acometido por indisiosa moléstia que, em poucos dias, lhe
roubou a vida, falecendo em 13 de dezembro de 1965.
Exerceu esse encargo com
descortino, com toda eficiência, despojado de vaidades, sem malquerença, amigo
da justiça.
Não criava casos
políticos e administrativos. Sabia contornar as dificuldades que lhe apareciam.
Sabia vencer.
Como penhor de tudo
isso, os seus funerais estiveram à altura de seus merecimentos, revelados nas
emoções carinhosas, que todo o nosso povo, tão justamente lhe tributou.
Sobre o seu túmulo a
Prefeitura mandou colocar uma pedra com este epitáfio: “Aqui repousa
eternamente RUY SILVEIRA MELO. Nasceu em Piracicaba a 26 de abril de 1919.
Faleceu em Tietê, a 13 de dezembro de 1965, no exercício do cargo de Prefeito
Municipal, como foi do seu desejo e profetizou, ao escrever: ‘Esta terra que
não me viu nascer, seja ao menos o meu berço eterno onde possa meu corpo,
depois da morte, descansar um dia’. Paz à alma do grande batalhador. Homenagem
do povo tieteense”.
O pensamento aí gravado
foi encontrado entre os seus papéis.
(Benedicto Pires de Almeida)
O Dr. Epaminondas de
Camargo Madeira nasceu em Tietê, no dia 16 de maio de 1900. Foram seus pais,
Francisco de Assis Madeira e dona Franklina Camargo Madeira. O professor
Francisco de Assis Madeira foi diretor do grupo escolar, hoje denominado “Luiz
Antunes”, por mais de trinta anos.
Estudou primeiras letras
no estabelecimento de ensino dirigido por seu progenitor. Ao sair do 4º ano,
após o obrigatório exame de suficiência foi matriculado na Escola Normal de
Piracicaba. Após brilhante curso obteve o diploma de professor primário aos
dezesseis anos de idade.
Objetivando a trabalhar
no magistério e iniciar assim os embates da vida, embora tão jovem, mudou-se,
temporariamente para o estado de Santa Catarina, foi nomeado mestre escola no
município de Palhoça, permanecendo no Sul nos anos de 1917 e 1918.
Não sendo fácil, naquela
época, obter-se nomeação para uma cadeira no interior do estado e atendendo que
os governos do Paraná e Santa Catarina, cuja instrução se desenvolvia,
ofereciam vantagens para os professores paulistas diplomados, que lá quisessem
exercer atividades no magistério, consistia essa oferta em atração a que se
voltavam professores recém-formados que aguardavam nomeação.
Vários foram os que se
valeram dessa oportunidade.
Regressando a Tietê, e
voltando para os estudos, mediante novos preparatórios matriculou-se na antiga
Escola de Farmácia e Odontologia de São Paulo, chegando a completar o primeiro
ano.
Não se afeiçoando à
carreira de farmacêutico e ambicionando o estudo da Medicina, em dezembro de
1920 foi para a então capital do país, onde requereu matrícula na Faculdade
Nacional de Medicina do Rio de Janeiro. O curso do primeiro ano de Farmácia
quase equivalia ao primeiro ano de Medicina e para completar as matérias
obrigatórias fez o exame de inglês no dia 22 de janeiro de 1921. Como
presidente da Banca Examinadora o professor Raul Leitão da Cunha e membro o
escritor Osório Duque Estrada. Considerado habilitado. Em seguida prestou exame
de mais uma matéria, “Química Biológica, Parasitologia e Física Médica”, sendo
aprovado e mandado matricular-se no 2º ano em março de 1921.
Com muito brilhantismo
fez todo o curso, concluindo-o em dezembro de 1924 e a 02 de janeiro de 1925,
requeria expedição do seu diploma, visto ter colado grau no dia 31 de dezembro
de 1924.
A tese que defendeu versava
sobre “O Reflexo Óculo-Cardíaco na Gravidez”, com o subtítulo de “Estudo
Clínico Experimental” aprovada com distinção.
O seu diploma estava
assinado pelo Reitor da Universidade – Conde de Afonso Celso – pelo diretor
Rocha Leão e pelo Secretário Dr. Eugênio do E. S. de Menezes, datado de 18 de
janeiro de 1926.
Durante o curso foi
interno do Hospital São João Batista, de Niterói, e também atuou como Monitor
de Anatomia, da qual era chefe o professor Fernando de Magalhães, notável
médico, uma das grandes figuras da Ciência Médica brasileira.
Concluído o curso e de
posse do canudo que tanto ambicionava, voltou a Tietê, onde, em abril de 1926,
abriu consultório e iniciou sua carreira coroada de franco êxito. O jornal “O
Tietê” publicou em sua edição de 11 de abril de 1926 o primeiro anúncio de sua
clínica.
Em 19 de abril de 1927,
casou-se com dona Aracy Maffei, filha de Antonio Maffei e de dona Ercília de
Arruda Maffei.
Ao mesmo tempo em que se
esmerava em sua clínica médica, com a fundação do Partido Democrático,
ingressou nas fileiras daquela agremiação, engrossando o movimento de renovação
política, tomando parte ativa nas campanhas de 1928, 1929 e 1930.
Criando o “Ginásio
Estadual” por decreto nº 6.601 de 11 de agosto de 1934, ao ser o mesmo
instalado oficialmente em 12 de fevereiro de 1935, foi o Dr. Epaminondas
nomeado seu diretor, cargo que ocupou até fins de novembro de 1938.
Com as mudanças
políticas, voltando seus correligionários a dominarem a situação, foi, de novo,
nomeado em 25 de abril de 1945, para Diretor do Ginásio, Escola Normal, Colégio
e depois Instituto Estadual de Educação “Plínio Rodrigues de Moraes”,
permanecendo na direção até 31 de janeiro de 1968. Nesta data foi transferido
para São Paulo, comissionado no Serviço de Saúde Escolar e, no final da
carreira aposentado.
Fez parte do diretório
político do Partido Democrático, de 17 de maio de 1928 até 23 de agosto de
1931. Com a formação do Partido Constitucionalista, foi eleito membro do
diretório em 04 de abril de 1934.
Com as contínuas
transformações políticas e formação do Partido Social Democrático, fez parte do
diretório político eleito em 29 de julho de 1945, e com mandatos renovados em
21 de setembro de 1952 e 06 de outubro de 1957.
Em dezembro de 1951
mudou-se para São Paulo, onde continuou em atividade ocupando na Educação,
cargos de responsabilidade.
Exerceu com brilho o
cargo de Superintendente do Serviço do Café, da Secretaria da Agricultura, de
Diretor da Cooperativa Central e Rural do Brasil e diretor da DOMINIUM
cooperativa exportadora de café solúvel.
Profundo conhecedor da
política cafeeira, proferiu inúmeras conferências sobre a preciosa rubiácea, em
vários países da Europa e América Latina, como produtor e exportador de café.
Colaborou no “Estado de
São Paulo”, publicando artigos de sua especialidade.
Fez parte do Rotary
Clube de Tietê, desde sua fundação em 26 de dezembro de 1947, ocupando com
brilho os cargos sociais que lhe confiavam.
Era o Dr. Epaminondas de
Camargo Madeira, um fino cavalheiro, excelente orador, inteligente, culto que
engrandeceu a casa de ensino que dirigia tornando as festas de formatura
verdadeiros acontecimentos sociais.
Como médico era bondoso,
competente, dedicado aos menos favorecidos da fortuna que o procuravam, merecedor
da estima de todos.
Como político gozava de
grande prestígio entre os seus chefes e partidários, destacando-se pela
solidariedade aos companheiros de lides eleitorais.
“O Tietê” de 21 de março
de 1926, ao noticiar a formatura do Dr. Epaminondas, assim escreveu:
“A inteligência, a
bondade e a honradez são três predicados que glorificam a vida de nosso
conterrâneo. Inteligência, ninguém, de forma alguma, pode negar que não a
possua.
Na idade de dezesseis
anos, ainda quando lhe sorriam as primeiras e lúcidas esperanças, diplomou-se
pela Escola Normal de Piracicaba, não pela proteção nojenta de que usam os
vadios, apenas pelo seu esforço, apenas pelo seu trabalho, a custa do seu
saber”.
O nosso venerando
semanário já prognosticava um grande futuro ao nosso biografado.
“Dr. Epaminondas. Lutou
e venceu.
Lutou e conseguiu ver
diante dos seus olhos, erguer-se, esplendoroso o edifício da Medicina; ideal
sonhado pelo seu espírito, seu maior e único desejo”.
Durante todo o tempo que
residiu em sua terra natal, fez parte do corpo clínico da Santa Casa de
Misericórdia, onde atendia às obrigações do seu trabalho na clínica geral e
cirúrgica, sem remuneração alguma.
Foi uma grande vida de
cidadão, cientista, amigo e tieteense.
Faleceu em
São Paulo , em 09 de novembro de 1975.
(B. Pires de Almeida)
Dr. Alberto Carlos de Assumpção
É natural de Tietê, onde
nasceu a 06 de setembro de 1876, sendo filho do Dr. Luiz Carlos de Assumpção e
de dona Ana Dias de Toledo.
Aqui se casou no dia 21
de janeiro de 1896, com dona Zaida de Arruda, filha de José Manoel de Arruda e
de dona Carlota Teixeira de Arruda, residentes em Santos.
Formou-se na Faculdade
de Direito de São Paulo e em
Ciências Políticas e
Administrativas pela Escola de Paris, França.
Em 1898 foi eleito
Deputado ao Congresso Estadual tomando parte nos trabalhos legislativos de 1898
a 1900.
Vereador na 7ª
Legislatura de 1911
a 1913,
a sua
eleição foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Estado, cujo acórdão foi lido
na sessão de 23 de março de 1911. Marcada nova eleição que se realizou em 15 de
março de abril, foi novamente eleito e empossado em 29 do mesmo mês. Esteve à
frente da Prefeitura Municipal de Tietê, de 15 de janeiro a 23 de março e de 1º
de maio a 08 de agosto de 1911. Renunciando à Prefeitura nesta última data foi
eleito Presidente da Câmara, servindo até o final do mandato.
Em 19 de abril de 1910
foi empossado como 2º suplente de Delegado de Polícia do qual não se exonerou
no devido prazo o que veio a incompatibilizá-lo com a eleição de vereador,
dando lugar ao recurso e anulação acima referida.
O Dr. Alberto Carlos,
transferindo-se para Santos, onde residiu até seu falecimento, ocupou cargos de
relevo no alto comércio, gozando de incontestável prestígio na sociedade
daquela importante cidade.
Orador fluente, elegante
e simpático, escritor correto e poeta inspirado, colaborou na imprensa da
capital e em “O Tietê”, em cujas coleções se apreciavam suas magníficas
produções.
Faleceu em Santos, a 08
de março de 1960.
Dr. José Augusto Correa
O Dr. José Augusto
Corrêa nasceu em Tietê a 28 de janeiro de 1860. Foram seus pais José Corrêa de
Moraes Silveira e Augusta Umbelina de Campos.
Casou-se em Tietê, no
dia 27 de maio de 1885 com Maria Isabel de Toledo, filha de Joaquim Manoel
Corrêa de Toledo e Maria Vaz de Almeida. Desse consórcio nasceram muitos filhos.
Formou-se em Medicina,
no Rio de Janeiro, no ano de 1884.
Logo após sua formatura
procurou a terra natal, onde exerceu, com brilhantismo, a honrosa e humanitária
profissão de médico.
Após a Proclamação da
República, foi nomeado membro do primeiro Conselho de Intendência, sendo
empossado a 24 de janeiro de 1890 e, em seguida, eleito presidente do referido
conselho. A 02 de janeiro de 1892, foi empossado como membro do 3º Conselho de
Intendência e, novamente escolhido como seu presidente.
Eleito vereador por
ocasião da 2ª Legislatura (1896
a 1898)
prestou serviços relevantes na Presidência da Municipalidade, durante o triênio.
A 07 de março de 1892,
foi eleito deputado, prestando, na ocasião, importantes serviços a sua terra
natal. Entre eles destacou-se a questão de limites do município de Tietê com o
de Pereiras e, graças ao seu trabalho, Conchas voltou a pertencer a este
município.
Em 1898, deixou o cargo
de Presidente da Câmara, abandonando o campo político. Pensava dedicar-se
exclusivamente à profissão de médico.
Mas, em 1901,
a política
o chamou novamente. Voltou a ela, como membro do diretório do Partido
Republicano, onde permaneceu até 1908.
Em 1910, foi presidente
da Junta Republicana do Partido Hermista de Tietê.
Em 1906, assim se
pronunciava sobre o Dr. Corrêa um jornal de Tietê:
“A estrela de maior
brilho que resplandece sobre a sua vida é a que se vê engastada sob os tetos
das enfermarias do nosso Hospital de Misericórdia desde junho de 1898 – ano de
sua fundação, até hoje. Esta estrela é formada de lágrimas e bênçãos de tantos
infelizes que, diariamente e, sem remuneração alguma, recebem tratamento
carinhoso desse coração bondoso, desse verdadeiro pai dos pobres.”
Em 1911, transferiu sua
residência para São Paulo onde faleceu.
Merecida foi a homenagem
que o povo de Tietê lhe prestou dando seu nome a uma das praças da cidade.
(Renato Baldine Zanela)
O Dr. Yusuf Khalil
Auwad, filho de Khalil Nicola Auwad e de D. Helena Mitri Auwad, nasceu na
cidade de Saída (Sidon, Síria), na costa oriental do Mediterrâneo, que se
chamava antigamente Fenícia, no dia 05 de dezembro de 1897.
Aos sete anos de idade
entro para a escola, tirando o certificado do curso primário no dia 21 de junho
de 1912, no “Gerald Institut” na cidade de Saída, sua terra natal.
Transferiu-se para o então “Syrian Protestant college”, que mais tarde adotou o
nome de “The American University of Beirut”, e recebeu o certificado do curso
ginasial do Departamento Preparatório do Colégio, a 26 de junho de 1913. Fez
depois dois anos de estudos especiais para entrar na Faculdade de Medicina, o
que ocorreu em 1916.
Prosseguindo no estudo,
na Faculdade de Medicina, e a I Guerra Mundial no auge, saiu uma ordem do
governo (otomano-turco) para que todos os estudantes dos cursos superiores se
apresentassem para o serviço militar, antes mesmo da chamada pela idade.
Para esses alunos foi
dado um ensino militar intensivo e especializado, numa cidade bonita, saudável
e turística, nas montanhas do Líbano. Depois que terminou esse aprendizado foi
dado àqueles alunos o título de “oficial novo”. Os estudantes de Medicina foram
incorporados ao Serviço Médico do Exército. O jovem Yusuf Khalil Auwad ficou
como assistente de um dos médicos e teve a sorte de ficar na mesma cidade onde
havia recebido o ensino militar (Baalbeck) num grande hospital.
Passa algum tempo e
surge outra ordem: os oficiais novos, estudantes de Medicina, voltavam aos
estudos na Faculdade de Medicina Francesa, que se encontrava fechada e que
reabriu sob orientação do governo local, com professores turcos. Mudou-se para
essa faculdade, freqüentando as aulas durante mais de um ano.
A guerra mundial
prosseguia com resultado favorável aos aliados, rapidamente. Mais uma ordem
veio: os alunos de Medicina são obrigados a mudar para o norte da Síria... E
com urgência. Os outros caminhos de Beirute foram fechados. Mas o avanço dos
aliados foi muito rápido. Os exércitos árabes entraram em Damasco (Síria) e os
ingleses no litoral comandados pelo Gal. Alemby, marcham rapidamente até
Beirute, onde entram em setembro de 1918, obrigando os turcos a se debandarem
para o norte. E os alunos da Faculdade ficaram livres.
Voltou o biografado para
a antiga Faculdade da Universidade Americana de Beirute. Completou o curso e
fez os exames, formando-se doutor em Medicina e Cirurgia, em 28 de junho de
1923.
Logo depois prestou
exame de habilitação perante a banca examinadora Francesca, do Alto Comissário
da República Francesa, na síria e Líbano. Finalmente ficou habilitado, abrindo
consultório em Saída, no segundo semestre de 1923.
Algum tempo depois,
devido à situação anormal em conseqüência da guerra, teve que vir ao Brasil.
Aqui chegando, gostou de suas cidades e do interior do Estado de São Paulo.
Resolveu ficar, podendo clinicar e iniciar sua carreira de médico.
Estudou a língua
portuguesa e inscreveu-se para o exame de habilitação exigido para os médicos
estrangeiros.
Atendidas outras
exigências, prestou os exames escrito, oral e prático e defendeu tese. Foi
aprovado plenamente e recebeu o diploma de habilitação na Faculdade de Medicina
do Rio de Janeiro, em 26 de dezembro de 1927.
Para inicia a sua vida
prática veio a Tietê no ano de 1928, cidade que já conhecia e abriu aqui sua
clínica.
Ofereceu os seus
serviços à Santa Casa de Misericórdia, foi aceito e na primeira reunião eleito
como mesário, ficando nesse cargo até a aposentadoria. Foi também diretor
clínico em rodízio, depois único até a aposentadoria, deixando de clinicar a
partir de 1º de janeiro de 1973.
Sempre gostou da Santa
Casa, tratando os doentes particulares e indigentes com o mesmo zelo e
dedicação, de dia ou de noite. Os seus serviços para a Santa Casa foram
inteiramente gratuitos.
Médico autônomo
credenciado no INPS.
Foi nomeado professor da
Escola Norma Livre e Ginásio de Tietê e do Instituo De Educação Plínio Rodrigues
de Moraes, ensinando muitos anos.
Membro da Associação dos
Ex-Alunos da Universidade Americana de Beirute. Sócio efetivo, seção do
interior, da Associação Paulista de Medicina.
Recebeu os diplomas de
Sócio Benfeitor e protetor, da Sociedade Beneficente de Tietê, mantenedora da
Santa Casa de Misericórdia de Tietê.
Recebeu convite de
homenagem da comissão da 14ª Semana “Cornélio Pires”, mas, por motivo de saúde,
não pôde comparecer.
Sócio remido da
Associação Esportiva de Tietê, sempre gostou da cidade que escolheu para viver
e do bom povo desta cidade.
São suas estas palavras
finais?
“Sempre desejando ordem,
progresso e felicidades ao povo de Tietê, para o Estado de São Paulo e para o
grande Brasil”.
Faleceu no dia 26 de
dezembro de 1975.
Dr. João José Rodrigues
Nascido em 1905, em berço de tradicional família
tieteense, João José Rodrigues fez os estudos primários no G. E. Luiz Antunes,
o curso secundário no tradicional Colégio Arquidiocesano de São Paulo,
formando-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, no Rio de
Janeiro, em 1929.
Formado, veio residir novamente nesta cidade, onde
exerceu a profissão com extrema dedicação e eficiência, tornando-se conhecido,
respeitado e muito estimado em toda a região, a cuja população prestou
inestimáveis serviços.
Como político, militou nas hostes do antigo PRP.
Orador de largos recursos, sua palavra era reclamada e
ouvida sempre com interesse.
Faleceu no dia 30 de junho de 1966, na capital do
Estado, onde se achava em
tratamento. Seu corpo foi transladado para Tietê e seu corpo
sepultado no Cemitério Municipal, com grande acompanhamento dos tieteenses.
Dr. Domingos de Almeida Campos
Nascido em Porto Feliz , em julho de 1834.
Desde que se bacharelou pela Faculdade de Direito de
São Paulo, em 1856, fez-se fazendeiro e, mais tarde, advogado no município de
Tietê. Aqui continuou a cultivar os estudos jurídicos, até os seus últimos dias
de vida, tendo prestado desinteressadamente, valiosíssimos serviços a todos
quantos invocaram a sua intervenção em pleitos judiciários desta e de outras
comarcas.
Era homem que pautava seus atos sempre pelo desejo de
fazer o bem, realizar a justiça.
Foi deputado à Assembléia Provincial de São Paulo no
biênio 1864-65.
Em seus últimos tempos de vida, fazia parte do
diretório político do partido governista local, sendo um dos seus mais
estimados membros.
Em 1905, enviuvou de Dona Maria Dulcelina de Toledo, de
cujo matrimônio nasceu três filhos.
Faleceu no dia 28 de junho de 1911, em Tietê.
Dr. Ibrahin Camargo Madeira
O Dr. Ibrahim
Madeira nasceu em Tietê no dia 3 de março de 1891, sendo filho do Prof.
Francisco de Assis Madeira e de D. Franklina Carolina de Camargo.
Feitos os estudos
preliminares no Grupo Escolar, em sua terra natal, matriculou-se na antiga
Escola Complementar de Piracicaba, saindo diplomado professor, em 1909.
Depois de receber o
diploma e feita a prática regular, foi nomeado para reger uma escola primária
no bairro de Mato Dentro, sendo mais tarde removido para o bairro de São Roque,
onde esteve poucos meses; depois nomeado diretor interino das Escolas Reunidas
de Laranjal, à frente da qual permaneceu oito meses. Desejando, no entanto,
estudar Medicina, o seu grande ideal, e acedendo a um convite do Diretor do
Liceu Salesiano Coração de Jesus, foi nomeado Lente no mesmo Liceu.
“Sem tempo sequer
para fazer os preparatórios, seguiu para Lorena, onde no Ginásio São Joaquim
obteve o 1º lugar entre os candidatos inscritos. Matriculou-se na Escola de
Farmácia. Não se sentindo bem na carreira que constrangidamente abraçara,
completando os preparatórios que faltavam, matriculo-se em 1913 na faculdade de
Medicina, fazendo parte da primeira turma. À noite dava aulas no Liceu”.
“No quarto ano,
como se tornasse notado pela dedicação e aproveitamento nos estudos, foi
distinguido com a nomeação para interno no Instituto do Butantã, então dirigido
pelo sábio brasileiro Dr. Vital Brasil, glória da medicina brasileira. A
cirurgia atraiu-o logo. E ele procurou aproximar-se do grande cirurgião
paulista Professor Antônio Cândido de Camargo, eminente cientista de quem teve
a ventura de tornar-se interno, por concurso”.
Em 16 de dezembro
de 1919, integrando a 2.° turma, recebeu o diploma de doutor em Medicina,
versando a sua tese sobre “Tratamento da úlcera simples da perna pelo enxerto
de Olier Tiersch”, que recebeu aprovação plenamente alta. Foi defendida do dia
10 de dezembro.
Fixou residência na
terra natal, consorciando-se em 06 de junho de 1920 com D. Aracy Garcia, filha
de Jose Garcia Correa e de D. Inocência de Almeida Garcia.
O Dr. Ibrahim
Madeira dedicou-se, a princípio, a clinica geral e depois se especializou em
cirurgia, que praticava com muita segurança, dedicação e interesse cientifico,
na Santa Casa local, atraindo clientes de inúmeras cidades vizinhas, ganhando
renome de operador.
Em janeiro de 1940
realizou, na Faculdade de Medicina de São Paulo, um curso de aperfeiçoamento de
Oftalmologia.
Em 1928, resolvendo
dedicar-se a política, aderiu ao Partido Democrático que então se fundara. Com
o Dr. Otavio da Costa Carvalho e outros companheiros, em 17 de maio organizam o
diretório local, desenvolvendo grande atividade partidária.
Candidato a
vereador na 13ª Legislatura (1929
a 1931), tendo como companheiro de chapa o Dr. Otavio da
Costa Carvalho, conseguiram ser eleitos por apreciável votação e empossados em
15 de janeiro de 1929.
Vencedora a
revolução de outubro de 1930, foi nomeado membro da Junta Governativa e
declarado “Governador da Cidade”, em 27 de outubro de 1930, data em que recebeu
os poderes municipais. Nomeado prefeito em dezembro de 1930, pelo governo
provisório de São Paulo, exerceu o cargo ate dia 20 de abril de 1931, em vista
de ter acompanhado o Partido Democrático em seu rompimento com o Interventor
Federal João Alberto.
Em janeiro de 1932
transferiu sua residência para a capital do Estado, voltando, pouco tempo
depois, a residir em Tietê, no ano de 1934.
Após o retorno a
cidade natal, com a fundação do Partido Constitucionalista, em 04 de abril de
1934, foi eleito presidente do diretório.
Com a
reconstitucionalização do país e Proclamação da Constituição de 16 de julho de
1934, foi eleito vereador em 15 de março de 1936 e a Câmara instalada dia 14 de
Junho no mesmo ano, denominada da segunda República.
Entretanto essa Câmara
foi dissolvida pela implantação do Estado Novo, em 11 de novembro de 1937, pelo
ditador Getúlio Vagas.
Em 1945, fundado no
Rio de Janeiro e em São
Paulo o Partido Social e Democrático, para apoiar a candidatura
do Marechal Eurico Gaspar Dutra à presidência da República, assume a
presidência do diretório de Tietê, exercendo-a até a dissolução dos partidos
políticos, pela revolução de 31 de março de 1964.
Voltou à Prefeitura,
nomeado prefeito em 27 de outubro de 1946, cargo que exerceu ate 19 de março de
1947 quando foi exonerado, juntamente com todos os prefeitos do Estado, pelo
Dr. Adhemar Pereira de Barros, nomeado interventor Federal em São Paulo.
Em 1946
matriculou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, recebendo o diploma de
bacharel em
Ciências Jurídicas e Sociais, após a conclusão do curso, em 09
de dezembro de 1948.
Deixando de exercer
funções eletivas em virtudes do regime que implantou em 31 de março, continuava
sempre suas atividades partidárias e profissionais de medico e advogado.
Faleceu em Tietê a
26 de junho de 1976.
(Benedicto Pires de
Almeida)
Dr. Erasmo Teixeira de Assumpção
Nasceu em Tietê a
14 de maio de 1857, filho de Domingos Teixeira de Assumpção e de sua primeira
mulher, D. Maria Luiza de Moraes Assumpção.
Bacharelou-se em
Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo. Dedicou-se mais à indústria e
ao comércio do que às letras jurídicas.
Fundador da casa
Toledo, Assumpção, Comissária de Café, em Santos; Assumpção, Irmão & Cia.,
Exportadores de Café; Assumpção & Cia., em são Paulo ; presidente da
Companhia Fábrica de Tecidos Labor; fez parte da diretoria de São Paulo Comp.
De Seguros de Vida e Contra Fogo; finalmente pertenceu à diretoria do Banco
Comercial do Estado de São Paulo, desde sua fundação em 1912, até 1947.
Deputado Estadual
em várias legislaturas; Secretário da Fazenda, depois de 1930.
Sportsman foi um dos fundadores da célebre
coudelaria e haras “Jaçatuba”, em São Bernardo , para criação de cavalos de puro
sangue.
Casou-se em São Paulo , no cartório
de paz de Santa Ifigênia, no dia 1º de outubro de 1895, com D. Elvira de Lara
Campos, filha de Theotônio de Lara Campos e de D. Francisca de Goes Lara.
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